08/05/2023
Os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram este fim-de-semana mais de 1.719 toneladas de géneros alimentares na campanha realizada em 2.000 superfícies comerciais de 21 regiões (Abrantes, Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Cova da Beira, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Madeira, Oeste, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, S. Miguel, Viana do Castelo, Viseu e Terceira). Prossegue ao longo da próxima semana (até 14 de Maio) a Campanha “Ajuda Vale” e a campanha online, em www.alimentestaideia.pt, que vêm adquirindo um peso crescente nas contribuições dos particulares.
A quantidade de produtos doada atesta uma vez mais a solidariedade dos portugueses, que apesar do contexto inflacionista e das dificuldades que afectam muitas famílias aderiram à proposta dos Bancos Alimentares que conhecem e nos quais confiam para minorar as carências alimentares com que muitas pessoas se debatem.
“Neste primeiro balanço no final de mais uma Campanha, a nossa palavra é de gratidão a todos quantos aceitaram o convite do Banco Alimentar da sua região e doaram tempo, sendo voluntários, ou alimentos, partilhando o que compraram para as suas casas, para as suas mesas. Foi renovada assim esta rede social real, numa festa da partilha e da solidariedade, não obstante a situação que afecta tantas famílias”, referiu a Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome, Isabel Jonet.
Os géneros alimentares recolhidos serão distribuídos, a partir da próxima semana, a 2.600 Instituições de Solidariedade Social, que os entregam a cerca de 400 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confecionadas.
Até 14 de Maio, será ainda possível contribuir para a Campanha através de Vales. Para isso, basta pedir nas caixas das lojas aderentes um vale que possui um código de barras específico para o Banco Alimentar, sendo depois os produtos selecionados adicionados à conta no ato do pagamento e entregues ao Banco Alimentar da região onde foram doados. O Banco Alimentar disponibiliza ainda uma plataforma eletrónica em www.alimentestaideia.pt para doação de alimentos pela internet, que permite a participação na campanha de pessoas que habitualmente não se deslocam ao supermercado ou que residam fora de Portugal, nomeadamente os emigrantes.
A atividade dos Bancos Alimentares Contra a Fome prolonga-se ao longo de todo o ano. Para além das campanhas de recolha em supermercados, organizadas duas vezes por ano, os Bancos Alimentares Contra a Fome recebem diariamente, excedentes alimentares doados pela indústria agro-alimentar, pelos agricultores, pelas cadeias de distribuição e pelos operadores dos mercados abastecedores. São assim recuperados produtos alimentares que, de outro modo, teriam como destino provável a destruição. Estes excedentes são recolhidos localmente e a nível nacional no estrito respeito pelas normas de higiene e de segurança alimentar. Deste modo, para além de combaterem de forma eficaz as carências alimentares, os Bancos Alimentares Contra a Fome lutam contra uma lógica de desperdício e de consumismo, apanágio das sociedades atuais.
Os Bancos Alimentares Contra a Fome distribuem, ao longo de todo o ano, alimentos através de Instituições de Solidariedade Social por si selecionadas e acompanhadas em permanência por voluntários dos Bancos. Estas asseguram um acompanhamento muito próximo e individualizado de cada pessoa ou família necessitada, de forma a ser possível efetuar, em simultâneo, um real trabalho de inclusão social, que conduza a autonomias.
Em 2022, os 21 Bancos Alimentares Contra a Fome operacionais distribuíram um total de 28,9 mil toneladas de alimentos (equivalentes a um valor global estimado superior a 44,2 milhões de euros), ou seja, um movimento médio de 116 toneladas por dia útil.
A atividade dos Bancos Alimentares norteia-se pelo princípio genérico da “recolha local, ajuda local”, aproximando os dadores dos beneficiários e permitindo uma proximidade entre quem dá e quem recebe. Possibilita o encontro entre voluntários e instituições beneficiárias, por um lado, e entre fornecedores da indústria agro-alimentar, empresas de serviços, poderes públicos e o público em geral, em especial durante os fins-de-semana das campanhas de recolha, em que todos trabalham lado a lado por uma causa comum: a luta contra as carências alimentares e a fome.
O primeiro Banco Alimentar Contra a Fome foi aberto em 1991 em Portugal e estão atualmente em atividade no território nacional 21 Bancos Alimentares, congregados na Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, com o objetivo comum de ajudar as pessoas carenciadas, pela doação e partilha.
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Para mais informações sobre a campanha, contactar:
Banco Alimentar Contra a Fome: 91 900 02 63 / 21 364 96 55- www.bancoalimentar.pt